quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

9 idiomas fictícios (que você pode aprender)



Cada fã tem seu jeito de provar seu amor por séries, filmes ou livros. Uns vestem camisas com estampas baseadas nas suas histórias favoritas, outros colecionam brinquedos e objetos relacionados a elas. Mas sempre tem um jeito de ir além. Tipo aprender um idioma fictício. Línguas inventadas são ingredientes frequentes na construção de mitologias presentes em algumas das mais importantes obras de ficção do mundo nerd. Em alguns casos, aliás, são o ponto de partida para o desenvolvimento de histórias épicas. A SUPER reuniu 9 exemplos de idiomas fictícios que você pode aprender no mundo real – e tirar onda com todos os seus amigos. Tem língua para todos os gostos.

1. Klingon – “Jornada nas Estrelas”
Esta é, provavelmente, a língua fictícia mais conhecida (graças a “The Big Bang Theory”). A primeira vez que alguém pronunciou palavras no idioma foi em “Jornada nas Estrelas: O Filme”, de 1979. E foi tudo no improviso: James Doohan, o ator que interpretava Scotty, inventou umas palavras e, depois, Marc Okrand se baseou na sua fala para desenvolver toda a língua. Desde então, a linguagem já apareceu em várias outras séries e filmes. A gramática, o alfabeto e a fonética do klingon não se assemelham a línguas reais. Mas muita gente dedica a vida a estudar o idioma – academicamente, inclusive. Existe até um instituto voltado para a divulgação e tradução do klingon.

2. Quenya e Sindarin – “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis
Conhecido também como élfico maduro, o quenya é o idioma élfico mais antigo na Terra Média, algo como o galego-português em relação ao português que nós falamos hoje em dia. J. R. R. Tolkien desenvolveu toda a língua inspirado pela fonética do finlandês, mas isso não significa que quem é fluente nesse idioma consegue entender o quenya. Como precisava de um alfabeto, Tolkien inventou as tengwar e, para representar os sons de vogais, as tehtar. Um outro idioma que foi bastante desenvolvido para a saga do Anel é o sindarin. Também uma língua élfica, o sindarin é baseado no galês e chegou a ser a língua mais falada na Terra Média. Você se interessou: existem vários dicionários de élfico pela interne. Já foi publicado até um curso de quenya para quem fala português.

3. Na’vi – “Avatar”
Além de uma biodiversidade fenomenal, um planeta e um povo, James Cameron decidiu criar também uma cultura e um idioma para os alienígenas humanóides de Avatar. Para isso, ele passou a Paul Frommer, professor da University of Southern California, a tarefa de criar um idioma que fosse fácil de falar, mas que não lembrasse línguas reais.

4. Dothraki – “Game of Thrones”/ “Crônicas de Gelo e Fogo
Se você curte a série “Game of Thrones” e os livros de George R. R. Martin, com certeza já se pegou tentando falar alguma coisa em dothraki, a língua-mãe de Khal Drogo que Daenerys Targaryen teve que aprender. O idioma, como você pode imaginar, surgiu na cabeça de George, mas nos livros há poucas palavras e frases. Quando a HBO decidiu produzir a série de TV, chamou David J. Peterson, um inventor de línguas, para desenvolver o idioma e torná-lo crível na telinha. Embora o idioma seja um dos mais novos da lista, já tem gente aprendendo a se comunicar com o Grande Garanhão.

5. Novilíngua – “1984″
A novilíngua não é exatamente um novo idioma, mas a mudança de um idioma pré-existente. No livro “1984″, de George Orwell, o governo autoritário do Grande Irmão recriou e deletou palavras do inglês para que pudesse controlar o pensamento das pessoas. Quer dizer, se você não sabe como se referir a um sentimento ou ideia, não tem como você pensar neles. Teoricamente, uma língua nunca encolheria, já que a tendência natural é cada vez mais vocábulos se juntarem a seu léxico. Mas como essa mudança foi imposta pelo Grande Irmão, faz sentido.

6. Simlish – “The Sims”
No universo virtual dos Sims, o simlish é a língua oficial. Para quem ouve, parece que eles não estão falando nada com nada. Mas, por incrível que pareça, existem algumas regras para que o idioma seja no mínimo coerente. Na hora de criar a fonética do idioma, Will Wright – o pai dos Sims – e Marc Gimbel, um especialista em idiomas, até experimentaram com línguas reais, mas optaram por criar falas que não fazem sentido. Mas é claro que os fãs tentaram decifrar os barulhos dos personagens.

7. Aklo – Mitos de Cthulhu
O idioma apareceu pela primeira vez no conto “Povo Branco”, de Arthur Machen. As obras do escritor eram carregadas de pitadas de sobrenatural, terror e coisas fantásticas, tanto que acabou influenciando H. P. Lovecraft, hoje lembrado como um dos maiores autores do gênero. Além de fã confesso de Machen, Lovecraft pegou emprestada a língua que o colega havia inventado e usou em seus contos sobre o mito de Cthulhu, uma divindade alienígena maligna. Alan Moore também utilizou essa linguagem na sua graphic novel sobre o deus. O curioso sobre o aklo é que ele não é apenas um idioma, mas um código que contém magia oculta, por assim dizer. Moore, por exemplo, usa a língua como uma forma de induzir a hipnose. A língua, enfim, é cheia de mistérios.

8. Ofidioglossia – Harry Potter
Não poderíamos esquecer a língua oficial dos descendentes de Salazar Sonserina, o fundador da casa mais polêmica da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. A língua que Voldemort Aquele-que-não-deve-ser-nomeado usa para se comunicar com sua serpente de estimação, Nagini, é quase impossível de pronunciar. Prova disso é que só quem já nasce com o talento consegue falar o “idioma”. A única exceção é o próprio Harry Potter, que, como você provavelmente sabe, adquiriu o dom quando um pedaço da alma de Tom Riddle entrou nele.

9. Nadsat – Laranja Mecânica
Em “Laranja Mecânica”, Anthony Burgess criou um modo de falar bem peculiar para seus personagens. As expressões usadas por Alex DeLarge e seu grupo são uma mistura de cockney – o dialeto da classe operária britânica – e russo. Não é um novo idioma, mas uma série de expressões idiomáticas associadas ao inglês. A grande inspiração de Burgess para criar o nadsat foram as falas dos mods e dos rockers da década de 1960.

Por Anita Porfirio In Superinteressante

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